domingo, 17 de maio de 2009

As Ditaduras Fascistas




Logo depois da Primeira Guerra Mundial a Europa viveu uma violenta crise econômica. Nos anos 20, a economia se recuperou, mas por pouco tempo. Em 1929 começou a crise que mergulhou o mundo na Grande Depressão dos anos 30.
Essas crises econômicas estimularam o crescimento dos partidos de esquerda na Europa. Apavorada, a burguesia apoiou os partidos fascistas, que propunham a instalação de uma ditadura.
Os comunistas culpavam a burguesia pela crise, Muitos operários e intelectuais começaram a simpatizar com os comunistas. A cada eleição que passava, os partidos comunistas europeus elegiam mais e mais deputados para os parlamentos. Os empresários ficaram amedrontados, para eles, a única saída era acabar com o regime democrático, Queriam uma ditadura que botasse comunistas na cadeia, proibisse as greves e restaurasse a segurança dos investidores. Com isso criaram um movimento político chamado fascismo.
O fascismo tinha as seguintes idéias : “ A democracia é um regime fraco, incapaz de resolver a crise econômica. Os políticos são uma corja de enganadores do povo e corruptos. O que o país precisa é de um grande líder patriótico, com autoridade incontestável, que acabe com a baderna promovida pelos grevistas, agitadores de esquerda, criminosos e vagabundos.”
Os principais ditadores fascistas foram Mussolini, na Itália, Hitler, na Alemanha e Franco, na Espanha.



Os “ismos”

As principais idéias fascistas eram :

1. Anticomunismo. Comunistas e fascistas se odeiam. Os fascistas não suportam a igualdade social. Acreditam existir pessoas “naturalmente superiores” às outras.
2. Antiliberalismo. O regime democrático é apontado como incapaz e corrupto. Os fascistas defendem um regime ditatorial.
3. Totalitarimo. Todos devem obedecer ao Estado sem contestação. No entanto a propriedade privada e o capitalismo continuam existindo.
4. Militarismo e culto à violência. A guerra é exposta como a atividade mais nobre do homem. “Diálogo é coisa para frouxos.”
5. Nacionalismo xenófobo. Outros povos são considerados inimigos e inferiores, que devem ser rejeitados.
6. Racismo. Os fascistas são altamente preconceituosos e conservadores. Defendem a submissão das mulheres e a eliminação de homossexuais e povos que eles consideram “inferiores”.
7. Culto ao chefe supremo da nação. O chefe é infalível, quase um deus.
8. Irracionalismo. O racionalismo é limitado. O mais importante são os instintos e a força bruta.

O fascismo italiano

Ele surgiu na Itália depois da Primeira Guerra. O fascismo tinha suporte no movimento de renovação da burguesia nacionalista e no temor de que revoluções operárias, como a russa e a alemã, se repetissem na Itália. A fundação, em 1914, por Benito Mussolini, dos Combatentes do fascismo e das Esquadras de Ação, em oposição tanto ao regime democrático-parlamentar quanto ao perigo bolchevique, direcionou o apoio do empresariado.
Em 1922, milhares de militantes fascistas vestidos de camisas negras executaram a Marcha sobre Roma. Eles ocuparam as ruas da capital exigindo que o rei nomeasse Mussolini primeiro-ministro. O monarca cedeu.
Mussolini exerceu seus direitos de primeiro-ministro como um verdadeiro ditador autoritário: não aceitava oposição nem outros partidos.
Alguns padres aderiram ao fascismo por acreditar que essa era a melhor forma de enfrentar os comunistas. Habilidosamente, Mussolini fez um acordo com a igreja, o Tratado de Latrão. A partir dele surgiu o Estado do Vaticano, onde mora o papa e que fica num bairro de Roma. Em troca, o papa reconheceu o Estado Italiano.










O Nazismo

Na Alemanha, o movimento fascista foi chamado de nazista.
Quando terminou a Primeira Guerra, a Alemanha passou a ter um regime democrático. Esse período foi chamado de República de Weimar. Foi uma época de muitas dificuldades, a Alemanha além de ter de pagar para os ingleses dívidas pela Primeira Guerra, ainda viveu a crise de 29. A crise levou muitas pessoas a votar nos comunistas e nos social-democratas.
O partido nazista liderado por Adolf Hitler, também ganhava muitos votos. O nazismo acusava os comunistas, os liberais e os judeus de desgraçar o país. Prometiam acabar com a “desordem” e restaurar o orgulho de ser alemão. Anunciavam que os alemães pertenciam à raça ariana, que consideravam superior às outras e que portanto não poderia curvar-se diante do mundo.
Os nazistas tinham técnicas avançadas de propaganda política. Exploravam o inconsciente coletivo alemão e os ressentimentos causados pela primeira guerra.
Os nazistas jamais conseguiram a maioria dos votos do povo alemão. Eles tomaram o poder com um golpe de Estado apoiado pelos megaempresários e pela cúpula das Forças Armadas.


Adolf Hitler

Adolf Hitler nasceu na Áustria em 1889, de família pobre. Hitler se considerava alemão. Foi na cidade alemã de Munique que entrou para o Partido Nazista e, já em 1923, puxou uns meses de cadeia por ter falhado na tentativa de dar um golpe de Estado.
No governo, Hitler uniu a Alemanha e a Áustria num mesmo país e iniciou a Segunda Guerra Mundial.
O nazismo não foi o resultado da personalidade de Hitler. O nazismo surgiu das condições sócias da Alemanha nos anos 30: a crise de 29, os receios da alta burguesia e da classe média, o desgaste do Parlamento, etc.

A Guerra Civil Espanhola (1936-1939)

De um lado se posicionaram as forças do nacionalismo e do fascismo, aliadas as classes e instituições tradicionais da Espanha (O Exército, a Igreja e o Latifúndio) e do outro a Frente Popular que formava o Governo Republicano, representando os sindicatos, os partidos de esquerda e os partidários da democracia.
Para a Direita espanhola tratava-se de uma Cruzada para livrar o país da influência comunista e da franco-maçonaria e restabelecer os valores da Espanha tradicional, autoritária e católica. Para as Esquerdas era preciso dar um basta ao avanço do fascismo que já havia conquistado Itália (em 1922), a Alemanha (em 1933) e a Áustria (em 1934).
A guerra de internacionalizou. Batalhões de voluntários do mundo inteiro foram à Espanha pegar em armas contra os fascistas. Formavam as Brigadas Internacionais. Mas nada adiantou, em 1939 os fascistas espanhóis. Naquele momento, os fascistas, vitoriosos, acreditavam que eram invencíveis.




Curiosidades



A charge acima diz respeito aos russos que consideravam Stalin semelhante a Hitler. Os dois eram ditadores, não aceitavam liberdade de expressão e partidos que não fossem os seus.

Alguns historiadores consideram o governo brasileiro de Getúlio Vargas, um governo de características Fascista e Nazista. Vargas foi um verdadeiro ditador, e tomou posturas também tomadas por Hitler e por Stálin. Mandou fechar o Congresso, rasgou a Constituição de 1891 e não aceitava a liberdade de expressão.

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